quinta-feira, 17 de setembro de 2015

006 - E nasceu a ideia da viagem ao Monte Roraima!

Foi assim que, no final de novembro de 2009, desembarquei em Boa Vista e logo de cara me encantei pela cidade. Muita gente acha que no norte do Brasil só tem cidade subdesenvolvida, o que é um baita de um preconceito.

O que eu encontrei na capital de Roraima foram ruas planejadas, uma orla do rio Branco muito bonita, uma praia de rio lotada de gente e uma avenida repleta de estruturas de lazer para a população. Enfim, uma cidade pequena e muito melhor do que a maioria dos “paraísos” em regiões ditas mais desenvolvidas no país. Com pouco tempo na cidade, já tinha incluído Boa Vista na mesma categoria de Rio Branco, no Acre, ou seja, das cidades que mais me surpreenderam positivamente e que viraram meus xodós.



A sede da Justiça Federal em Boa Vista/RR, onde ocorreu o evento.



Com o escritor e velejador Amyr Klink, depois de ter o livro autografado.



Próximo à divisa com a Venezuela, a presença do Exército brasileiro.



A fronteira terrestre.



Em Santa Elena, já na Venezuela, um agradável almoço 
com uma colega juíza, Amyr Klink e sua esposa Marina Klink.



O freeshop terrestre no lado venezuelano iria marcar o início de 
um evento traumático na viagem do ano seguinte ao Monte Roraima.



Em 2009, Boa Vista ainda não tinha shopping e a vida noturna 
acontecia de forma agradável em uma avenida.



No segundo dia de palestras, foi apresentado um vídeo pelo pessoa da Justiça Federal em Roraima, sobre a caminhada que eles tinham feito ao topo do Monte Roraima. Tendo a presença de Amyr Klink ali, de quem eu já tinha me aproximado e batido um papo rápido, bem como após assistir à palestra do grande velejador brasileiro, na qual viajei com minha imaginação como sempre faço ao ler seus livros, fui fisgado em algum momento por aquele destino, por aquela montanha.

Não sei dizer o exato segundo em que isso aconteceu, mas de um momento para o outro eu já havia decidido que não morreria sem repetir a façanha dos colegas que me era passada ali naquele vídeo. Daí para frente, incluindo o jantar com o velejador e sua esposa Marina, bem como a viagem com os dois e mais uma turma à Venezuela no sábado, a ideia de subir uma montanha mágica foi se aninhando em meu pensamento, ainda de forma muito calma, sem pressa, sem afobação, mas de maneira sólida e irreversível.

Ainda fui à Guiana no domingo, atravessei o rio Branco remando um caiaque alugado até a praia bonita do outro lado, fui à igreja, ao cinema, lanchei e comprei lembranças no magnífico complexo Ayrton Senna. Um final de semana completo, que matou a minha vontade de conhecer a capital do Estado mais ao Norte do Brasil e, ao mesmo tempo, criou em mim um desejo inexplicável de viver uma aventura um pouco fora dos meus padrões, mais adequados a destinos confortáveis e relaxantes.



Pegando a estrada rumo à Guiana, em um carro alugado.



Se te perguntarem onde fica a BR-401, agora você já sabe: 
entre Boa Vista e a Guiana!



Os 130 km que separam a capital de Roraima da Guiana 
são marcados quase somente por retas.



Bonfim é a última cidade de Roraima na estrada para a Guiana.
Literalmente, fica no fim.



Controles na fronteira.



Na Guiana, antiga colônia inglesa, os carros andam pela mão esquerda.
Por isso, após a ponte que liga os dois países, há uma troca de lado da pista.



Ir a Lethem é um passeio para você dizer que foi à Guiana.
Nenhum amigo seu deve ter ido. Mas, só serve para contar mesmo.
Não tem praticamente nada de interessante lá.



Alguns casarões em estilo inglês marcam a 
pequena cidade cheia de ruas de terra.



Na Guiana, conversando em inglês e tomando uma cerveja do país.



A placa na ponte entre os dois países, recém inaugurada.



Boa parte de Roraima, ao contrário do que muita gente pensa,
não é floresta, mas savana (praticamente igual ao nosso cerrado).



Em Boa Vista, cruzando o Rio Branco de caiaque em direção à praia fluvial.



Charmosa igreja na capital de Roraima.



O lindo pôr-do-sol no Rio Acre, em Boa Vista.


Já de volta à minha cidade, enviei uma mensagem para a lista nacional da nossa categoria, para elogiar o evento promovido pelo Tribunal, bem como a organização do pessoal de Boa Vista e, especialmente, para falar sobre o meu encanto com aquela cidade tão bacana e tão distante do resto do país. No meio do pequeno texto, expressei o meu desejo de um dia subir o Monte Roraima. Pouco tempo depois, recebi uma mensagem direta:

Grande Alexandre,
Como eu sei que você não é de falar à toa, inclua-me, se possível, no projeto "caminhada ao Monte Roraima". Já vinha pensando nisso há algum tempo e achei muito legal saber que você também está a fim de encarar a aventura. Ano passado fiz o trekking do Vale do Paty, na Chapada Diamantina, e digo que foi uma das viagens mais maneiras que já fiz!
Tô no aguardo. Em abril estarei de férias.
Bora?!
Abraço, Gustavo.

Alexandre Henry
alexandre.henry.alves@gmail.com

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