Final de 2009, eu já morando em Porto Velho, que fica em Rondônia (que não é o mesmo estado que Roraima e nunca cometa a tolice de trocar os dois nomes, a menos que você seja lesado a ponto de confundir paulista com carioca), surge uma oportunidade de fazer um curso em Boa Vista, que é a capital de Roraima, não de Rondônia.
Tudo bem, vamos aclarar um pouco as coisas. Dê uma olhada no mapa e eu vou te ensinar a nunca mais confundir os dois estados. Saindo de Brasília e indo em direção ao norte, o primeiro que você encontra é o primeiro na ordem alfabética, Rondônia, que fica abaixo do Amazonas. Continuando, logo acima do Amazonas, você encontrará Roraima, que vem depois de Rondônia tanto no mapa (se você tiver como ponto de partida Brasília) quanto no alfabeto. Entendeu? Como Rondônia aparece antes no alfabeto do que Roraima, sua sigla é “RO”. Já a sigla “RR” é de Roraima e acho que não preciso explicar o motivo.
Enfim, surgiu uma oportunidade de aprimoramento profissional em Boa Vista, por meio de um curso de dois dias. Além de todo o aprendizado, eu ainda poderia ter a chance de conhecer mais uma capital brasileira, tudo isso sem custo algum para mim. É o que eu sempre digo: só há uma coisa melhor do que viajar, que é viajar sem gastar nada. Olhando a programação do evento, que aconteceria na quinta e na sexta-feira, quase tive um colapso cardíaco ao ver o nome de um dos palestrantes: Amyr Klink!
Eu quase não sou fã do sujeito. Só li todos os livros dele e comprei um barco a vela inspirado pelas jornadas no maior velejador brasileiro. Traduzindo tudo em miúdos, há algum tempo eu já vinha matutando uma ida a Roraima, não sei por qual razão, e de repente me apareceu uma oportunidade de estudar por lá, de graça, tendo de lambuja uma palestra de um dos meus maiores ídolos. Pensa que acabou por aí? A programação ainda incluía uma viagem técnica a Santa Elena de Uairén, já na Venezuela, logo depois da divisa com o Brasil.
Eu quase não sou fã do sujeito. Só li todos os livros dele e comprei um barco a vela inspirado pelas jornadas no maior velejador brasileiro. Traduzindo tudo em miúdos, há algum tempo eu já vinha matutando uma ida a Roraima, não sei por qual razão, e de repente me apareceu uma oportunidade de estudar por lá, de graça, tendo de lambuja uma palestra de um dos meus maiores ídolos. Pensa que acabou por aí? A programação ainda incluía uma viagem técnica a Santa Elena de Uairén, já na Venezuela, logo depois da divisa com o Brasil.
Claro, o Tribunal não iria pagar diária alguma a mais para quem quisesse ficar no sábado e qualquer coisa além de sexta-feira era por conta dos participantes. Pensei comigo: uma diariazinha de hotel pela oportunidade de pisar em um país que não conheço? Muito barato!
Olhei no mapa e vi que a fronteira com a antiga Guiana Inglesa, hoje República Cooperativista da Guiana (não me pergunte o que significa esse cooperativista), ficava a pouco mais de 100 quilômetros de Boa Vista, por uma estrada asfaltada. Novamente, raciocinei: por que não pagar outra diariazinha no hotel e ficar também no domingo, para poder alugar um carro e cruzar a fronteira guianense? Quando na vida eu teria outra oportunidade de ir àquele país? Mergulhado nesses propósitos, marquei a minha passagem para domingo à noite, fazendo reserva de mais duas diárias no hotel.
Alexandre Henry Alves
alexandre.henry.alves@gmail.com
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